__O processo de securitização é o que na teoria linguística se chama ato de discurso, no qual a própria pronúncia constitui o ato: ao dizer o termo “segurança”, um agente move o fenômeno da área simplesmente política para uma área específica mais alta e prioritária, a área da segurança. (MESUMECI, 2009)
__A securitização é, portanto um ato de fala: o ato de dizer segurança é capaz de de-clarar uma condição de emergência e constituir identidades até então inexistentes, entre elas as de inimigo e protetor. Sendo assim a segurança não é algo real, ela não é uma coisa. São os próprios atores políticos que criam ou deixam de criar as situações políticas especificas para que a segurança se torne uma necessidade inexorável. (AMARAL, 2010)
__Para Mesumeci (2009) Este processo denominado securitização só terá sucesso quando há uma recepção bem sucedida e certa aceitação por parte do público (audience) a que se destina tal ato, não podendo nunca ser simplesmente imposto de modo unilateral por parte do agente securitizador. Além dos objetos referentes e atores securitizadores, há um terceiro tipo de unidade na análise de segurança, os atores funcionais, que afetam as dinâmicas de um setor por meio da influência que exercem nas decisões sobre a securitização.
AMARAL, Arthur Bernardes do. A tríplice fronteira e a guerra ao terror. Rio de Janeiro: Apicuri, 2010. 309 p.
AMARAL, Arthur Bernardes do. A guerra ao terror e a tríplice fronteira na agenda de segurança dos Estados Unidos. 2008. Disponível em:
MESUMECI, Martino Gabriel. Política de segurança do departamento de estado dos Es-tados Unidos da América para a América Latina (2001 - 2009) no contexto da Macrosse-curitização. 2009. Disponível em:
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