segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A questão da globalização; um passo ao futuro?

Estamos convivendo diariamente com um fenômeno que parece não ter mais fronteiras a adentrar. É o processo designado globalização, decorrente de vários fatores, dentre eles, os avanços dos meios de produção, inovações tecnológicas e científicas, dentre outras.
A questão que surge em meio a tal fenômeno é Como devemos ver este processo de mundialização? Seria ele positivo ou negativo? Indagamos como se tivéssemos escolhas, porem o fato é que não a temos, e, portanto nos cabe analisar como o mesmo reflete nas instituições sociais criadas pelo homem a fim de garantir os direitos fundamentais à vida.
Li um tempo atrás em uma reportagem na folha de São Paulo, um artigo sobre o processo de globalização elaborado por Janine, tal item redigido através do ponto de vista dos fenômenos econômicos.
Para o autor a globalização nos remete a seguir um modelo implantado pelo sistema regente externo, que o denomina de “neoliberalismo econômico”, sendo assim em sua abordagem relata que o poder representativo do estado diminui gradativamente a um poder quase “inidentificável”, o poder financeiro, baseado em números.
Portanto este fenômeno na visão do autor, faz com que o poder emandado do povo, que já é mínimo em uma democracia representativa, chegue ao ínfimo, pois para ele os governantes pouco podem resolver das questões sociais. O que se aborda em primeiro plano é a questão financeira, pois o próprio Estado depende de tais instituições. Para Janine os fatores econômicos neoliberais agem como dissolvidores da democracia (política), e são nocivos a identificação cultural de cada sociedade.
Em uma visão otimista do processo de globalização, o filósofo francês Michell Serres, nos propõe uma interpretação contraria a Janine. Para Serres, a globalização permite uma aproximação entre as diversas culturas, e dilui esta barreira estabelecida entre 1° e 3° mundo, pois os “dois mundos” tendem a se beneficiar com tal processo, através da convivência, da troca de saberes, onde cada povo encontra soluções diversificadas e criativas aos seus problemas sociais.
Quando questionado as questões relacionadas a influência de uma cultura dominante sobre as outras, ele responde afirmando que nós seres humanos somos criadores de diferenças e mesmo com uma influencia massiva, estaríamos aptos a criar diferenças regionais expressivas. Portanto para o autor, a mundialização é uma simples evolução do homem, mais um passo dado ao futuro.
O processo de Globalização esta ai, batendo de porta em porta, não há como se negar a ele, não há como voltarmos aos moldes de um estado rígido, protecionista, de caráter nacionalista e totalitário (abordando aqui o estado brasileiro), o homem esta de fato evoluindo, através como disse dos fatores de produção, das brilhantes idéias obtidas em todos os mundos abordados anteriormente. O saber não tem mais fronteiras, e resulta de fato como disse Serres em um processo de “mestiçagem”.
O homem em toda sua história evolutiva organiza-se conforme seus avanços na cadeia de produção. Portanto como pensava Aristóteles, valido ainda mias no mundo moderno, “o homem é um animal político” e nunca deixará de ser, ele pode ser influenciado, porem os interesses particulares ou coletivos prevalecem. Indiferente a região que habita o ser humano sempre estará exposto a uma “luta de idéias”, do qual com o fenômeno de globalização estabelecera outros meios de organização social, evoluindo mais um degrau nesta escada chamada “linha do tempo”.

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