As mudanças sociais ocorridas nas ultimas décadas refletem um abismo entre o crescimento (progressista) e o desenvolvimento sustentável. Avanços obtidos nos variados campos de estudo, tais como científicos e tecnológicos aliados a conceitos sociais de acumulação e concentração nos impulsionam a elevação dos índices de desigualdade de fato.
O modelo liberal, e neoliberal de sociedade que esta em desenvolvido a mais de 200 anos, se manifesta insustentável a cada crise tanto a condição econômica como a social, refletindo manifestações de violência a nível nacional e internacional. O desequilíbrio deste modelo insustentável afeta os diversos setores da organização social e do meio em que habitamos, de maneira em que é fácil observar os reflexos, através da fome, da exclusão aos direitos básicos e pela destruição e exploração incontrolada do ecossistema.
A ruptura que é tratada no texto é de fato uma tendência. Na ausência de forças conscientes, engajadas e opostas ao modelo de desenvolvimento social adotado pela maioria das pessoas do planeta, o consumismo desgovernado tende a eclodir vitorioso e duradouro. Ao ponto que nos conduz ao abismo da ruptura do homem ao homem, ou seja, o ser humano a níveis individualistas tão bruscos, que os tornam invisíveis as desigualdades e injustiças existentes entre seus próprios “irmãos”.
Uma análise da gravidade do problema pode ser exaltada no campo ambiental, o homem em sua visão de “dominador” da natureza, é representado como um ser de valor superior aos outros. A busca pela acumulação, justificada culturalmente como caminho para o sucesso e felicidade nos tornou inconscientes das ações destrutivas ao ecossistema e que direcionam ao esgotamento de recursos e extinção de animais, inclusive o homem.
As atitudes tomadas pelos detentores da opinião, que são representados em sua maioria por conservadores aliados ao modo de desenvolvimento liberal, não são suficientes para a reversão do problema já existente. Ao passo que é necessário uma mobilização e renovação das opiniões em órgãos de representação pública e social. O cooperativismo aliado a convicção de que é possível o desenvolvimento sustentável através da harmonia entre os homens e a natureza deve ser exaltado.
A mudança da visão de mundo das pessoas é adquirida com o tempo, através da exposição e o contato a uma nova maneira de ser e viver, porem com os reflexos descontrolados do modelo de vida capitalista, cabe a nos, com o mínimo de liberdade disponibilizada e agilidade neste processo, discutir temas referentes à ética, direitos básicos, desenvolvimento sustentável e conservação do planeta para futuras gerações. Parece uma utopia o fato de nos cidadãos termos a capacidade de decidir nosso futuro e de tantos outros, porém é a realidade, e não se trata de uma escolha e sim um dever.
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