quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O país do futebol, das mulheres, do carnaval e da desigualdade social.

Muitos gringos têm o sonho de viver em solo brasileiro, desfrutar das belezas naturais aqui existentes, deste povo receptivo e das paixões culturais que nos acompanham de geração a geração. É pessoal estamos em um “país tropical e abençoado por deus”.
Definitivamente o Brasil é um Estado quase perfeito, só não o é, devido uma questão cultural que nos acompanha também de geração a geração. Agora, mudando de assunto, estamos falando de desigualdade social. É tudo muito lindo e gostoso tratar de futebol, mulheres e carnaval, porem uma questão relevante parece não chamar tanta atenção quanto estas outras. Deve ser pelo fato de ultrapassar interesses particulares, ou pelo simples episódio de o brasileiro estar alienado a algo que o torna incapaz de ver as necessidades básicas de seus “conterrâneos”.
Difícil será obter melhorias a partir de um povo historicamente acomodado, do estilo “to nem ai”. O que vemos desta gente não são reclamações, lutas por interesses coletivos. Ou seja, se vocês pensam que a reforma agrária, consequentemente social partira de uma “luta de classes” creio que estão extremamente enganados e esperaram para sempre. Não meus amigos, os que partem em busca de bem-estar para essa classe miserável, em todos os sentidos, é a própria classe dominante, os ricos, o poder intelectual brasileiro, não pense que consiste em um gesto nobre de compaixão com o próximo, como dizem os ingleses: “Bullshit”, não passam de interesses privados e ainda bem que estes os têm, pois a situação poderia ser pior. Se esta classe fosse de caráter estrangeiro.
No Brasil, temos um Estado soberano, temos uma estrutura burocrática, um governo. Porem como em muitos outros paises, possuímos, como dizia Marx, um estado que nada mais é que o comitê da burguesia, onde as ações são tomadas em pro deste grupo. No mundo atual observa-se que aumentando a renda eleva-se o consumo, assim interesses privados deste comitê auxiliam na distribuição de renda. O welfare state, local para discussões sociais, entre outras que venham a prevalecer às necessidades oriundas do povão, parece que mudou pouco desde a vinda da família real ao Brasil, este órgão é manipulado a favor de poucos.
Não estou falando que não evoluímos, sim de fato avançamos, da penúltima posição para a 114° posição entre os 126 paises analisados pelos estudos delegados a calcular os índices de desigualdade social do mundo.
Precisamos ousar mais, esta monotonia brasileira contagiante esta nos matando aos poucos, pergunto onde estão os jovens? È deles que o país precisa, jovens ativos e interessados em mudar as coisas, com ideias novas que só eles tem capacidade de gerar. Chega de um governo baseado no profissionalismo político e na corrupção. Não penso que o jovem seja o futuro da nação, ele é sim o presente, precisa tomar decisões ativas no hoje não pensar no ideal do amanha. Se não o amanhecer do futuro será novamente no país da desigualdade social.

A crise como fonte de oportunidades


Parece que o filme de 1929 quer ser relançado, os americanos novamente estão em crise. O Estado de caráter mínimo adotado pelos ianques demonstra ineficiência perante alguns setores da economia, e nos obriga a entrar em crise junto a eles, pois neste sistema “aonde a vaca vai os bois vão atrás”.
Mesmo com toda essa reserva bilionária do Banco Central, o antivírus para este colapso financeiro, não depende exclusivamente das medidas adotadas pelo governo brasileiro, depende também de fatores externos, estamos vendo que o consumo, fator que move a maquina capitalista, esta diminuindo. O crescimento do país, o que interferi em um aumento de renda per capita e diminuição da taxa de desemprego também esta em retração. Esses são dados que não precisam de muito Q.I para interpretação, estão interligados entre si, com a diminuição da oferta de emprego diminui o consumo, e vice versa, as pessoas tendem a consumir produtos básicos com pouco valor agregado, necessários a sua sobrevivência e acabam retendo o dinheiro em suas mão.
A primeira pergunta que não quer calar é: Como crescer em meio à tamanha crise internacional? , sabendo ainda que nosso país já possuía um PDP (plano de desenvolvimento produtivo) nada ousado, visando em suma a estabilidade econômica. É de fato uma ótima pergunta, que tem das mais variadas respostas, agora vale esperar para saber se estarão corretas, pois o processo é longo.
A situação é critica e tende a piorar, importar esta ficando difícil e caro, o setor de exportação tem levado vantagens e desvantagens, pois com o dollar alto nem sempre achamos importadores do outro lado das fronteiras. O agronegócio tão dependente de matérias primas importadas é um dos setores que mais serão e estão sendo prejudicados. A indústria automotiva sente uma queda de produção e já fornece férias coletivas aos funcionários.
Não podemos deixar abater por uma simples crise global, e que provavelmente ocorrerão muitas ainda. Vivemos em um mundo globalizado, com as fronteiras sendo dissolvidas hora a hora, de fato não há como se esquivar de tal acontecimento, porem temos poderio para se beneficiar da mesma, temos capital de produção, mesmo que não o suficiente, mas o detemos, possuímos população (consumidores), recursos naturais não nos faltam (ao menos por enquanto), somos dotados de inteligência, mesmo que pensar não seja nosso forte, porem a temos é só praticar, assim pergunto, o que nos falta então para sairmos campeões desta louca corrida capitalista e sermos o numero 1 do mundo? A resposta já foi efetuada a quase cinco séculos pelo escritor Fiorentino Maquiavel, portanto oportunidade a temos, sorte quem sabe, porem pecamos na competência, falo de políticas publicas mal elaboradas por dirigentes sem “virtù”, que defendem interesses privados de certos grupos. De fato precisamos de experiência no controle da maquina, porem paradigmas devem ser quebrados, e a inteligência utilizada.
Não tenho a formula mágica para uma solução vitoriosa nesta competição, mas lhe dou um começo é estabelecer um novo reinado no governo de sangue jovem, força jovem, quem sabe com a crise a população de oportunidades aos jovens assumirem parte da responsabilidade social democrática deste país.